Até Sempre Minha Flor Muito Amada
Carrego contigo às costas Não é o teu peso que me oprime São os bicharocos medonhos Que interditam a minha passagem picam-me em excessivas agulhadas riscam a pele O chicote vergasta a minha espinha dorsal Puxam o meu corpo de um lado para outro Empurram para ter o prazer de me ver tombar Maquiavelicamente, sentem prazer na possível queda Para , deste modo me castigar. acusar e rir da minha fraqueza Que mal vos terei feito? Já não chega? Seguro com mais força Pernas e tronco Ninguém te fará cair de mim Nem eu desistir de te carregar estamos de pés nus Sós, isoladas No meio do deserto Apesar de comermos os grãos de areia Que do chão se levantam Vamos cantando, sorrindo, gracejando Vou tagarelando contigo não consigo perceber o que dizes nem sei se consegues compreender o que digo Até penso que...