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Mostrando postagens de julho, 2025

Poema à Mãe

 Poema à Mãe  No interior de mim sei o que há dentro por ti Podem eclipsar  Com todas as armas  A minha presença  Para que não possas ver quem sou  Podem passar outros mares coloridos  Fazendo-se  de encantadores E os teus olhos deslumbrados Se esquecerem dos meus O que não sabes É que os peixes são escorregadios  Muito depressa saltam das mãos  Quando pensas que estão  Como as bolas de sabão, já lá vão  É nessa altura que ao  se afastarem Os teus olhos encontram os meus Eu fico e demoro,  E os teus olhos verdes  Verdes a se tornarem  Pedras  preciosas mais sombrias Desconfiados da transparência  Do que julgam ver nos meus  Há peixes à tua volta  Feiticeiros, sabem seduzir,  Dóceis e prazerosos   Arteiros  e manhosos Esses peixes mentem, enganam Mas tu não sabes e acreditas  Os  teus discursos  sinceros Num grato reconhecimento  É o que os peixes qu...

Quando a morte bate à porta

 Tudo o que desejava agora  era ouvir bater à minha porta  Se eu pudesse uma vez mais  ver o rosto  Acenar, enviar um beijo Seria uma mulher mais feliz Mais aliviada Quando se foi embora não houve o último adeus  Metade de mim morreu por dentro  Tentei chamar em pranto Sentei-me à beira do leito  Acariciei, tateei o  rosto Ainda quente  Mas com os cercos da morte  As pálpebras cerradas Um corpo inerte Sem sombra de vida Se ainda a encontrasse   de partida ... Quem sabe, teria tempo de falar, segurar a mão  Mesmo, com a  voz embargada  Que me sentisse ali Assim não,  Chegar e dar de caras  Com um corpo morto Sozinha, sem mim  do seu lado Há lá coisa mais triste?  Para mim, não há! Sei do seu amor por mim Sabe do meu amor por si  Não conseguiu esperar por mim Sei que fui eu que me atrasei  Não imaginava a hora... Porque não fui mais cedo?  Espero que do lado de fora  do ...