Meu amor
Meu amor é uma branca flor E em junho aconteceu murchar Meu amor a melodia que cantas Tem tal graça mesmo a desafinar Mas tão formosa senhora Tão enlevada devo estar Sei que te vou amar Até toda a água da terra secar E quando tudo acabar Terei forças para continuar a amar. As areias do tempo vão correr na ampulheta Vão passar e eu a pensar Estarás bem onde estiveres, Meu amor, meu amor, meu amor... Passa bem , sem nenhuma ânsia a te perturbar Irei pois, um dia, quando a minha hora chegar Voltarei a ti meu amor, Onde não há impossíveis, nem longe, nem distância Se por acaso não te reconhecer ou não te encontrar Juro que me porei a chamar, a chamar, a chamar E se porventura te tiveres esquecido do teu próprio nome Ainda assim, não vou parar até te encontrar E se me tiveres esquecido Dir-te-ei quem sou E em mim hás-de acreditar