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Mostrando postagens de agosto, 2025

Poema à Mãe

 Quando chegaste deram-te cura Mas foi sol de pouca dura Era preciso saír dali  O mais depressa possível  Encontrar um abrigo  Para as mazelas sofridas  Julguei-te  protegida   A curar- se  ali  Engano meu  Má sorte para ti Encaixaram-te num quarto  Onde o sol se metia todo ali  O teu semblante calmo, Sereno, repousante  Que força era essa, mãe Que tinhas nos braços ? Nem um gemido, nem um ai... Apanharam o deslize  E trataram logo de ti  Injetaram o quê?!  Que diabo fizeram contigo?  Logo tu que querias viver mais Mas eles não pensaram assim  Querias te levantar da cama E fugir dali ?  Mas eles nunca permitiriam  Passaste a ser uma presa fácil  A cura ?  A injeção letal !  No corredor da morte  Como se respirar fosse um crime Estoiraram a tua massa encefálica  E eu fiquei a ver... O meu coração angustiado Como um louco desorientado  Que te estão a fazer...