Poema ao amor e à saudade
Olhos lacrados, para sempre lacrados A mão direita repousada sobre a esquerda definitivamente inerte Quando eu morrer vais gritar por mim?! E o grito que pediste, ainda está aqui, sufocado Guardado Desejoso de gritar O que sinto, é tão forte que não sei dizer Preciso do lugar certo e deixar sair Este dorido clamor, meu brado de dor Que desgraça encontrar -te Coberta já pelo manto Da mortalha Naquele quarto, tristemente só A boca ligeiramente aberta Deixando entrever um amarelo escuro brilhante, qualquer coisa semelhante Radioatividade Uma lua esfumada de um branco sujo Uma brilhante experiência nuclear Quanta "porcaria" ali atirada A cor do rosto já era outra Folhas secas Sob uma camada de gelo Tão diferente da anterior Que desgraça foi esta, tão imóvel Uma imobilidade perturbadora Tão distante de mim... Quantas maldades? Crucificaram-te sem se entender a r...