Quando a morte bate à porta
Tudo o que desejava agora
era ouvir bater à minha porta
Se eu pudesse uma vez mais
ver o rosto
Acenar, enviar um beijo
Seria uma mulher mais feliz
Mais aliviada
Quando se foi embora
não houve o último adeus
Metade de mim morreu por dentro
Tentei chamar em pranto
Sentei-me à beira do leito
Acariciei, tateei o rosto
Ainda quente
Mas com os cercos da morte
As pálpebras cerradas
Um corpo inerte
Sem sombra de vida
Se ainda a encontrasse
de partida ...
Quem sabe, teria tempo de falar, segurar a mão
Mesmo, com a voz embargada
Que me sentisse ali
Assim não,
Chegar e dar de caras
Com um corpo morto
Sozinha, sem mim
do seu lado
Há lá coisa mais triste?
Para mim, não há!
Sei do seu amor por mim
Sabe do meu amor por si
Não conseguiu esperar por mim
Sei que fui eu que me atrasei
Não imaginava a hora...
Porque não fui mais cedo?
Espero que do lado de fora
do corpo me tenha
visto debruçada sobre si
Em lágrimas e lamentações
Com o mesmo eterno amor.
Revi-me completamente. Tal e qual. :'( É muita dor.
ResponderExcluirBeijinho e abraço, amiga!