Até a porta se fechar...

 Que importa que dia é hoje? 

Nem mês,  nem semana, nem ano...

Afastastei  o calendário dos nossos olhos

E riste e eu também me ri

Convidaste-me a entrar 

Num tempo, sem tempo

Dia disto, dia daquilo!

Que horror

Que liberdade imensa 

Não ter comemorações 

Não ter preocupações 

Que honra!

sem acusações, sem  mágoas 

Sem horas marcadas, sem relógios 

São dias todos iguais

Uns mais claros

Outros mais escuros

Que importa que dia é hoje? 

Se estou aqui contigo 

E tu estás comigo? 

Se está mais sol

Menos sol 

Se há nuvens mais densas

Concentradas , dispersas 

Rasgadas

Se não há nuvens 

Se ficas triste 

Se não me queres contar

Simplesmente acompanho  o teu  silêncio 

a  profunda nostalgia que escurece os teus olhos 

Estou presente em todos os momentos 

E o dia abre-se e a noite fecha-se 

Lá fora, é a eterna repetição 

Infinitamente dia, noite, noite, dia...não se afasta  disto 

Vamos saborear tranquilamente 

ficar e sentir! 

Claridades diversas, sombras diversas, escuros diversos

Sempre estive e sempre estarei até à última gota

Enquanto a respiração,  permitir 

E mesmo que esqueças quem eu sou

nunca esquecerei  quem és . 


Comentários

  1. Muito bonito!
    Lá fora o mundo adensa-se.
    Que dentro a leveza permaneça!

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